Nesse artigo vamos falar sobre qual é o significado do Mito da Caverna de Platão.
Também vamos aprofundar na filosofia contida nessa alegoria, e como ela pode ser aplicada na prática em nossas vidas.
Vamos conversar sobre como podemos estar presos em uma caverna, e sobre como podemos fugir dela.
Ao final, temos um convite especial para você começar uma nova jornada de 12 semanas em sua vida.
Vamos lá?
O que é o Mito da Caverna?
O mito da caverna é uma alegoria criada por Platão para ilustrar a natureza da realidade e a busca pela verdade.
Na história, Platão descreve um grupo de pessoas que foram criadas e vivem em uma caverna desde o nascimento.
Todos estão acorrentados, com as cabeças viradas para a parede, sem poder mover-se ou ver a luz do sol.
O único mundo que conhecem é aquele que enxergam projetado na parede da caverna.
Ou seja, a única realidade que os habitantes da caverna vivenciam são as sombras dos objetos que passam em frente a uma fogueira.
Eles não têm conhecimento do mundo exterior e acreditam que a realidade é limitada ao que vêem na parede da caverna.
No entanto, quando um dos prisioneiros consegue se libertar e sair da caverna, ele descobre um mundo completamente diferente.
Primeiro seus olhos doem, até que ele se acostuma com a claridade.
Então, ele vê cores, formas e dimensões até então desconhecidas.
Gradualmente, ele percebe que a realidade que ele conhecia antes era apenas uma sombra da verdadeira realidade.
O Significado do Mito da Caverna de Platão.
O mito da caverna simboliza a busca pela verdade e a libertação da ignorância e do engano.
Platão argumenta que a verdadeira realidade é eterna e imutável.
Por sua vez, a busca pela verdade deve ser a principal preocupação do filósofo.
A história também destaca a importância da educação e da reflexão crítica para a compreensão do mundo e da vida.
A Filosofia por trás do Mito da Caverna
O mito da caverna de Platão é uma alegoria que se tornou um dos textos mais conhecidos da filosofia ocidental.
Essa história ilustra:
- A natureza da realidade,
- A busca pela verdade,
- A relação entre o mundo sensível e o mundo das ideias,
- A educação e a política.
Platão acreditava que a realidade que percebemos pelos nossos sentidos é ilusória e passageira.
Para ele, a verdadeira realidade é eterna e imutável.
Na alegoria, as sombras que os prisioneiros veem na parede da caverna representam essa realidade ilusória.
Eles acreditam que essas sombras são a realidade porque não têm conhecimento de nada além delas.
No entanto, quando um dos prisioneiros é libertado e sai da caverna, ele descobre um mundo completamente diferente.
Esse mundo representa a verdadeira realidade, que é eterna e imutável.
O prisioneiro que sai da caverna é como um filósofo que busca a verdade e a sabedoria através da razão e do conhecimento.
Ele percebe que a realidade que os outros prisioneiros conhecem é apenas uma sombra da verdadeira realidade.
Percebe também que a busca pela verdade é a única maneira de alcançar a verdadeira felicidade e realização.
Mundo Sensível e Mundo das Ideias
Além disso, Platão também usa essa alegoria para explicar a relação entre o mundo sensível (o mundo que percebemos pelos nossos sentidos) e o mundo das ideias (o mundo eterno e imutável das formas perfeitas).
Segundo ele, as coisas que percebemos pelo mundo sensível são apenas imitações das formas perfeitas no mundo das ideias.
Por exemplo, o objeto que vemos na realidade é apenas uma cópia imperfeita (a sombra projetada na parede) da ideia perfeita desse objeto no mundo das ideias (a forma da verdadeira realidade).
Como Fugir da Caverna?
Platão também usa o mito da caverna para discutir a importância da educação e da reflexão crítica para a compreensão do mundo e da vida.
Ele acredita que a educação é fundamental para libertar as pessoas da ignorância e do engano, permitindo-lhes buscar a verdade e alcançar a verdadeira felicidade.
Em resumo, o mito da caverna de Platão é uma alegoria complexa e multifacetada que ilustra a natureza da realidade, a busca pela verdade, a relação entre o mundo sensível e o mundo das ideias, a educação e a política.
Ele continua sendo uma das histórias mais conhecidas e influentes na filosofia ocidental.
Vivemos em Algo Parecido com o Mito da Caverna de Platão?
Algumas pessoas argumentam que sim, estamos vivendo em algo parecido com o mito da caverna de Platão.
Essa ideia é baseada no fato de que muitas vezes acreditamos em uma versão limitada ou distorcida da realidade.
Muitas pessoas vivem sem questionar ou buscar a verdade mais profunda das coisas.
Por exemplo, acredita-se que a tecnologia e as redes sociais, apesar de trazerem muitos benefícios, podem ser responsáveis por criar uma versão limitada da realidade.
Isso ocorre porque essas ferramentas nos expõem apenas a uma determinada visão do mundo.
Essa visão de mundo, por sua vez, pode ser filtrada e apresentar os conteúdos parciais, e favorecer determinada narrativa.
Isso pode levar a uma perspectiva limitada da realidade, criando um mundo de "sombras”.
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32 comentários
Estamos vivendo o período da caverna, presos em repetiçoes da internet, mensagens mentirosas, induçao de candidatos que prejudica o povo, enfim as sombras da direita ainda e uma realidade assustadora.
Não se foge da caverna, e sim, saímos dela quando deixamos de dissociar o Eros que nos anima, o diferenciando; neste momento, Thanatos mata o ex Eros e creamos outro, tal qual ir para o céu ou ver a luz/sol da nova verdade, verdade esta que quando vivida e diferenciada, nos damos conta que vemos as sombras na caverna a ser abandonada, e a verdade morta por Thanatos, para um novo Eros.
Nesse ciclo, caminhamos na linha dividida de Platão, convivendo com conhecimentos e buscando sabedoria. Vale lembrar Lao Tsé que diz " para conhecimento acrescentamos coisas todos os dias, para sabedoria eliminamos" . Sair da caverna é depurar a sabedoria.
O texto acima é absolutamente antropocentrico, hoje sabemos que os genes são a “joia da coroa”, por se perpetuarem através dos seres vivos, somos hospedes e casa dos gens… nos repensemos com outridade! Thanatos ja pode matar o antropocentrismo, qual será o novo Eros? Só sei que o homo econômicus deve se integrar ao ritmo da evolução natural da biosfera, deixando a cega natureza evoluir, e ela sabiamente não carece de designers ou propósito. Abraços
muito interessante, provocativo , desafiador o artigo e o entendimento do significado do mito. Muito bom
Hoje em dia podemos ver o Mito da Caverna na politica de nosso país. Existe uma crença nas sombras e muitos não acreditam que existe uma realidade diferente lá fora.
Eu particularmente comecei a sair da caverna quando abandonei a religião. Hoje consigo entender o quanto somos manipulados pelo sistema não só religioso mas também político e econômico.